Algum tempo atrás explicamos para você tudo sobre a migração para o Mercado Livre de energia, incluindo o passo a passo para que o processo se concretize. Em meio às etapas, o estudo de viabilidade econômica pode ser considerado uma das mais importantes, pois é com ele que você terá a base matemática e perceberá a transparência da gestora para fechar o melhor negócio.
Neste artigo, exploraremos um pouco mais sobre como o estudo é realizado, bem como os motivos para sua execução e seus efeitos no futuro da migração. Vamos nessa?
Por que o estudo de viabilidade é necessário?
O motivo principal que leva cada vez mais consumidores a aderir ao Ambiente de Contratação Livre (ACL) no Brasil é a perspectiva de economia com os gastos de energia. Sendo assim, é essencial descobrir quais os reais efeitos dessa migração no caixa da empresa.
Entra aqui o estudo de viabilidade: com ele, é possível aferir qual o ponto de equilíbrio (também conhecido como break-even point) dos gastos energéticos do consumidor, ou seja, as condições em que a contratação de energia elétrica no Ambiente Cativo ou no Livre são idênticas quanto ao custo total.
Estabelecer o break-even point permite que um preço de energia menor do que ele, dentro do ACL, viabilize economicamente a transição de um ambiente ao outro, gerando redução de gastos ou mesmo lucro ao cliente.
Como o estudo de viabilidade é feito?
De maneira simplificada, ele funciona da seguinte forma: o primeiro passo é angariar o máximo possível de informações para fazer o cálculo da economia. Elas incluem:
- O histórico de faturas de cada Unidade Consumidora, considerando os últimos 12 a 36 meses para uma visão mais abrangente das flutuações de consumo de energia;
- Os valores de processos tarifários de distribuição que podem ser acessados no site da ANEEL (é possível acessar esses dados clicando aqui);
- Impostos e demais tributos empregados ao consumidor pela distribuidora;
- O preço de energia no ACL no momento da análise.
Portanto, percebe-se que o estudo de economia envolve inúmeras variáveis, como o índice de reajuste das tarifas da distribuidora de energia local, o tipo de energia a ser contratada, se incentivada 50%, 100% ou convencional, além das alíquotas de ICMS e incentivos fiscais de acordo com cada região e atividade econômica. Ainda é preciso saber o preço de compra da energia no mercado livre para, aí sim, comparar o custo do Ambiente Cativo com o custo do Ambiente Livre. Se essa diferença for um valor substancial para o consumidor, a migração se torna viável!
O que vem depois?
O estudo é uma das etapas que devem ser feitas com mais cautela, visto que há uma infinidade de distribuidoras no Mercado Livre de Energia, cada uma com suas condições e tributos. Mesmo no caso de uma proposta viável, é sempre importante contar com a consultoria de uma gestora independente para que ela possa prezar sempre pelo interesse do consumidor.
Essa e outras etapas, como a adesão à CCEE, a abertura de conta no Bradesco Trianon e a adaptação ao SMF (Sistema de Medição para Faturamento), também podem ser assessoradas por uma gestora para que sua empresa consiga focar nos desafios inerentes a ela enquanto toda a questão energética é resolvida com transparência e segurança.
Viu só a importância do estudo de viabilidade econômica para o sucesso de sua migração? Para ficar ainda mais informado(a) quanto a tudo que compõe a vida de uma empresa no Mercado Livre de Energia, leia sobre como evitar todos os riscos dentro dessa modalidade de contratação. Até a próxima!
